quarta-feira, 20 de junho de 2012

CATOLICISMO POPULAR

O Cristianismo surgiu como uma seita messianica dentro do Judaísmo.
Mas adquiriu um mito central combinando o Deus judeu com elementos da religião da Asia Menor, como o culto da Deusa Terra e seu filho divino, o Deus da Vegetação, que morre e renasce para dar vida através do alimento.

A imagem do Deus-Pai isolado foi incrementada por uma Trindade; Pai, Filho e Espírito Santo, e ainda a figura da Mãe Divina, indispensável para que o Filho realizasse seu destino de mártir redentor da humanidade.

Quando o Cristianismo se expandiu pela Europa foi adotado por populações bem enraizadas na região, onde viviam desde o Paleolítico.Ao conhecerem a nova crença, eles a reinventaram segundo suas experiencias anteriores, procurando similaridades ente os novos santos e os antigos deuses das forças naturais.

Nas terras onde hoje se encontram Portugal e Espanha, a Igreja tolerou essas reinterpretações na forma de ¨folclore¨ e folguedos populares, haja vista a grande influencia de descendentes de celtas, se bem que essa população já havia sido influenciada em parte, pelas ocupações de povos germanicos que adentraram a penisula da Iberia , como os suevos e os visigodos.

Mais tarde, a própria Igreja acabou considerando essa modelação mitológica muito útil para cristianizar os chamados povos bárbaros.
Quando a bruxa se convertia ao catolicismo ocorria a origem das benzedeiras enquanto figuras do povo.

benzedeira brasileira cuidando de uma criança
A partir do séc. XVI, o Brasil começou a receber alguns bruxos e bruxas degredados, além de umas poucas familias catolicas onde a presença da mãe conhecedora de orações e ervas acabaria fornecendo a base do que hoje chamam de tradição das benzedeiras no Brasil, que é herdeira direta das benzedeiras portuguesas.

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