quarta-feira, 20 de junho de 2012

CATIMBÓ - ORIGENS

Altar para Zé Pelintra



A base sobre a qual se formeou o catimbó é a magia popular européia, feitiçaria ou bruxaria tradicional, sobreviventes do antigo culto da Natureza dos povos celtas

Nos povoados e aldeias, as bruxas eram curandeiras, dominando os conhecimentos sobre as ervas medicinais,parteiras, magia simpatica(poções e amuletos para os problemas cotidianos).

Essa tradição conseguiu sobreviver e ser transplantada para o Brasil, combinando-se com praticas magicas da religião banto,que valorizva o contato com espiritos e genios protetores que ajudavam em praticas curativas.

Mas esse conjunto foi moldado numa forma fornecida pelos indios, através da figura xamanica do pajé e seu ritual de transe:
- uma bebida alucinógena
- uma fumaça de erva alucinógena
- o som hipnotico do maracá(chocalho indigena)

É desse conjunto inicial que sairiam os diversos catimbós primitivos, alguns já extintos.
Na região norte do Brasil, uma vertente  resultou numa pajelança chamada por alguns de ¨Pena e Maracá¨, onde a influencia indigena é mais forte.

No nordeste o principal catimbó atual é o Catimbó Jurema que vem se misturando com os conceitos da Umbanda popular e outros cultos afros.

O catimbó de vertente mais europeia foi desaparecendo.

No catimbó usam-se muitas orações em que se busca apoio nos santos do catolicismo popular, e orações de benzeduras que são praticas da tradição  brasileira independentes de catimbós ou religiões afros. A influencia de algumas dessas vertentes vai depender da cultura pessoal da benzedeira/benzedor.

Os espiritos que aparecem no catimbó, os chamados mestres, podem ser caboclos, ciganos, pretos velhos, malandros, povo da água(sereias, ondinas, caboclos dágua).
Cada mestre catimbozeiro vai buscar o contato com essas entidades de modo que não é seguido um código em comum, cada casa de catimbó, cada ¨mesa¨ tera seus guias e rituais variando de um local para o outro.

maracá feito pela tribo xicrim - foto iande.art.br


TEXTO BASEADO NUM CAPITULO DO LIVRO ; GUIA DE RELIGIÕES POPULARES DO BRASIL, de Eneida Gaspar, editora Pallas

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